A Varig vem sofrendo um processo lento, mas gradual, de destruição de sua imagem junto aos consumidores. Aquela que já foi a mais amada das cias aéreas brasileiras tem passado por uma má fase que não parece ter fim. Os novos controladores, após ter adquirido as rotas, o programa Smiles e o nome Varig da antiga Varig, agora Nordeste, ainda não conseguiram reestruturar totalmente sua malha nacional e estão longe de fazê-lo em sua malha internacional.
A ANAC continua tentando reaver os slots nacionais (vagas nos aeroportos) não utilizados pela Nova Varig. Caso não comece logo a reocupar suas rotas internacionais, é grande o risco de perdê-las também.
Até agora, a Varig não conseguiu apresentar novas aeronaves de longo percurso, que são imprescindíveis para a retomada de seus vôos internacionais. Sua parceria com a Star Alliance chegou ao fim, bem como a possibilidade de emitir passagens nessas cias usando as milhas Smiles. Seus passageiros internacionais estão sendo assediados pelas suas antigas parceiras de aliança.
Do outro lado, a chilena LAN tem se consolidado como uma cia multinacional através da criação de várias subsidiárias em diversos países sul-americanos. O próximo alvo é o Brasil e muita especulação se faz entorno da criação da LAN Brasil com ou sem uma compra da enfraquecida Varig. A LAN tem seus planos limitados pela impossibilidade de uma participação maior que 20% do capital de uma cia aérea nacional por parte de um grupo estrangeiro.
A Gol , que já avançou muito no mercado nacional, agora foca no mercado internacional, mas tem seus planos restringidos pelas importantes e lucrativas rotas que a Varig tem direito, já que não pode voar para os mesmos destinos devido a acordos internacionais que limitam o número de cias por rota. A mais lucrativa cia aérea do mundo, a GOL (quem dera fosse a de melhor relação com o consumidor e melhores preços praticados) tem um caixa cheio e planos ambiciosos.
Do lado governamental, a ANAC, que parece criada para defender os lucros das cias aéreas (como o antigo DAC), continua a fazer uma política de proteção dos grandes players do mercado. Lá vamos nós de volta ao duopólio, que tanto lucro gerou as cias e tanto penalizou o consumidor.
A Varig é encarada com um simples negócio por seus novos controladores, um grupo de investimento internacional, e diante de tantos boatos tem sua sobrevivência mais uma vez colocada em risco, além de levar mais insegurança aos associados Smiles.
Vale a dica: milhas Smiles boas são milhas Smiles gastas....Ninguém merece tanta insegurança.....
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