quinta-feira, março 22, 2007

Acordo Open Skies EUA –União Européia: Deve Sair em Breve

Há vários anos os EUA e a União Européia (UE) mantém negociações para liberalizar o tráfego aéreo entre as duas partes. As rotas entre os EUA e os países que compõem a UE são definidas segundo acordos bilaterais entre os EUA e cada país europeu. Londres e seu principal aeroporto, Heathrow, concentra cerca de 40% do trafego e sempre foi muito difícil conseguir uma rota ligando os EUA a Londres.

O que muda?

Com esse acordo, qualquer cia aérea Européia (pertencente à UE) poderá operar vôos saindo de qualquer aeroporto Europeu em direção a qualquer cidade dos EUA. Por exemplo, a Lufthansa poderá fazer uma rota ligando Amsterdan a Miami, ficando a existência da mesma condicionada a existência de vagas nos aeroportos (Slots). Do lado americano, as cias americanas poderão realizar vôos de qualquer cidade americana em direção a qualquer cidade da UE, além de poderem fazer vôos regionais dentro da Europa, o que não será permitido as cias européias fazerem nos EUA. Por exemplo, a United pode criar a rota Miami/Paris que segue depois até Roma.
Para o acordo poder ser colocado em prática, ele deverá ser aprovado por todos os países da UE individualmente e pelo congresso americano. Parece que todos os ministros de transportes da EU aprovaram o acordo, porém o início previsto para outubro de 2007 será transferido para março de 2008. Falta os EUA aprovarem.

Por que esse acordo demorou tanto?

Do lado europeu eles estavam muito receosos de abrirem o mercado interno às cias americanas, além do forte lobby da Inglaterra que queria proteger seus lucrativos aeroportos e suas cias aéreas de uma maior concorrência internacional. Por outro lado, os EUA, que não abriram seu mercado doméstico, têm muito medo do poder das grandes cias européias, financeiramente mais fortes e que sofreram menos com os atentados de 11 de setembro. Acreditam que suas cias, que agora estão conseguindo reverter os prejuízos, sejam alvo de aquisições pelas cias européias, porém, como no Brasil, elas podem comprar apenas uma porção dessas cias.

Qual a vantagem para o consumidor?

Espera-se uma maior concorrência entre as cias e com conseqüentes quedas de preços nas tarifas. A analistas aviação e econômicos acreditam que fusões devem ocorrer dos dois lados a fim de fortalecer as posições da cias nessa dura concorrência que há de vir.

No Brasil, algo semelhante é virtualmente impossível, pois gera concorrência e dessa palavra nossas cias morrem de medo.

Fontes:

BBC

Airwise

Richard Quest

Um comentário:

Marcio Nel Cimatti disse...

Rodrigo,

O "barulho" aqui na Europa é grande, ontem pude ver reportagens sobre o assunto em pelo menos 5 canais diferentes.
Um deles comentando sobre a Virgin que deve ter algum planejamento especial para quando tudo isso estiver valendo.
Abs!
Marcio

quinta-feira, março 22, 2007

Acordo Open Skies EUA –União Européia: Deve Sair em Breve

Há vários anos os EUA e a União Européia (UE) mantém negociações para liberalizar o tráfego aéreo entre as duas partes. As rotas entre os EUA e os países que compõem a UE são definidas segundo acordos bilaterais entre os EUA e cada país europeu. Londres e seu principal aeroporto, Heathrow, concentra cerca de 40% do trafego e sempre foi muito difícil conseguir uma rota ligando os EUA a Londres.

O que muda?

Com esse acordo, qualquer cia aérea Européia (pertencente à UE) poderá operar vôos saindo de qualquer aeroporto Europeu em direção a qualquer cidade dos EUA. Por exemplo, a Lufthansa poderá fazer uma rota ligando Amsterdan a Miami, ficando a existência da mesma condicionada a existência de vagas nos aeroportos (Slots). Do lado americano, as cias americanas poderão realizar vôos de qualquer cidade americana em direção a qualquer cidade da UE, além de poderem fazer vôos regionais dentro da Europa, o que não será permitido as cias européias fazerem nos EUA. Por exemplo, a United pode criar a rota Miami/Paris que segue depois até Roma.
Para o acordo poder ser colocado em prática, ele deverá ser aprovado por todos os países da UE individualmente e pelo congresso americano. Parece que todos os ministros de transportes da EU aprovaram o acordo, porém o início previsto para outubro de 2007 será transferido para março de 2008. Falta os EUA aprovarem.

Por que esse acordo demorou tanto?

Do lado europeu eles estavam muito receosos de abrirem o mercado interno às cias americanas, além do forte lobby da Inglaterra que queria proteger seus lucrativos aeroportos e suas cias aéreas de uma maior concorrência internacional. Por outro lado, os EUA, que não abriram seu mercado doméstico, têm muito medo do poder das grandes cias européias, financeiramente mais fortes e que sofreram menos com os atentados de 11 de setembro. Acreditam que suas cias, que agora estão conseguindo reverter os prejuízos, sejam alvo de aquisições pelas cias européias, porém, como no Brasil, elas podem comprar apenas uma porção dessas cias.

Qual a vantagem para o consumidor?

Espera-se uma maior concorrência entre as cias e com conseqüentes quedas de preços nas tarifas. A analistas aviação e econômicos acreditam que fusões devem ocorrer dos dois lados a fim de fortalecer as posições da cias nessa dura concorrência que há de vir.

No Brasil, algo semelhante é virtualmente impossível, pois gera concorrência e dessa palavra nossas cias morrem de medo.

Fontes:

BBC

Airwise

Richard Quest

Um comentário:

Marcio Nel Cimatti disse...

Rodrigo,

O "barulho" aqui na Europa é grande, ontem pude ver reportagens sobre o assunto em pelo menos 5 canais diferentes.
Um deles comentando sobre a Virgin que deve ter algum planejamento especial para quando tudo isso estiver valendo.
Abs!
Marcio

quinta-feira, março 22, 2007

Acordo Open Skies EUA –União Européia: Deve Sair em Breve

Há vários anos os EUA e a União Européia (UE) mantém negociações para liberalizar o tráfego aéreo entre as duas partes. As rotas entre os EUA e os países que compõem a UE são definidas segundo acordos bilaterais entre os EUA e cada país europeu. Londres e seu principal aeroporto, Heathrow, concentra cerca de 40% do trafego e sempre foi muito difícil conseguir uma rota ligando os EUA a Londres.

O que muda?

Com esse acordo, qualquer cia aérea Européia (pertencente à UE) poderá operar vôos saindo de qualquer aeroporto Europeu em direção a qualquer cidade dos EUA. Por exemplo, a Lufthansa poderá fazer uma rota ligando Amsterdan a Miami, ficando a existência da mesma condicionada a existência de vagas nos aeroportos (Slots). Do lado americano, as cias americanas poderão realizar vôos de qualquer cidade americana em direção a qualquer cidade da UE, além de poderem fazer vôos regionais dentro da Europa, o que não será permitido as cias européias fazerem nos EUA. Por exemplo, a United pode criar a rota Miami/Paris que segue depois até Roma.
Para o acordo poder ser colocado em prática, ele deverá ser aprovado por todos os países da UE individualmente e pelo congresso americano. Parece que todos os ministros de transportes da EU aprovaram o acordo, porém o início previsto para outubro de 2007 será transferido para março de 2008. Falta os EUA aprovarem.

Por que esse acordo demorou tanto?

Do lado europeu eles estavam muito receosos de abrirem o mercado interno às cias americanas, além do forte lobby da Inglaterra que queria proteger seus lucrativos aeroportos e suas cias aéreas de uma maior concorrência internacional. Por outro lado, os EUA, que não abriram seu mercado doméstico, têm muito medo do poder das grandes cias européias, financeiramente mais fortes e que sofreram menos com os atentados de 11 de setembro. Acreditam que suas cias, que agora estão conseguindo reverter os prejuízos, sejam alvo de aquisições pelas cias européias, porém, como no Brasil, elas podem comprar apenas uma porção dessas cias.

Qual a vantagem para o consumidor?

Espera-se uma maior concorrência entre as cias e com conseqüentes quedas de preços nas tarifas. A analistas aviação e econômicos acreditam que fusões devem ocorrer dos dois lados a fim de fortalecer as posições da cias nessa dura concorrência que há de vir.

No Brasil, algo semelhante é virtualmente impossível, pois gera concorrência e dessa palavra nossas cias morrem de medo.

Fontes:

BBC

Airwise

Richard Quest

Um comentário:

Marcio Nel Cimatti disse...

Rodrigo,

O "barulho" aqui na Europa é grande, ontem pude ver reportagens sobre o assunto em pelo menos 5 canais diferentes.
Um deles comentando sobre a Virgin que deve ter algum planejamento especial para quando tudo isso estiver valendo.
Abs!
Marcio