segunda-feira, maio 19, 2008

Não É Só na Argentina....

A pouco tempo falamos da intenção do governo argentino de “argentinizar” a Aerolineas Argentinas trazendo a mesma para as mão dos argentinos (hoje está na mão dos espanhóis da Marsans) e iniciando um novo período de influência direta estatal na Cia aérea. A mesma influência que ainda permite uma dependência nacional da Aerolineas/Austral no transporte aéreo.

Não é que o presidente Lula em viagem ao Peru e comentando a inoperância das nossas cias aéreas aventou, mesmo que remotamente, a possibilidade de fundar uma cia aérea estatal?

Todos sabem que sou um crítico ferrenho da falta de visão das cias nacionais (todas querem oferecer mais do mesmo e concentrar todas suas atividades no mesmo ponto em que a rival) e faço questão de anunciar e elogiar iniciativas de descentralização dos vôos internacionais (normalmente feita pelas cias estrangeiras), mas daí a apoiar uma idéia de uma cia aérea nacional estatal é outra conversa.

O controle aéreo, a manutenção dos aeroportos e da conexão desses com os grandes centros estão na mão do estado. Isso garantiu ousadia, manutenção adequada e boa administração? Além do mais, já existe uma pequena cia aérea estatal administrada pela FAB que transporta exclusivamente os membros do governo. Tinha ministro que no meio da crise dos aeroportos só viajava de jato da FAB com prioridade de decolagem e pouso.

Mais uma vez no Brasil, fica claro que não há elaborações de políticas de longo prazo que poderiam promover a expansão dos vôos através da descentralização, desoneração dos custos nos aeroportos menos viáveis financeiramente, aumento do limite de participação do capital externos nas nossas cias, uma política mais justa de distribuição de rotas entre as cias visando competição e determinação de diretrizes a serem cumpridas por quem se habilitar a realizar o transporte aéreo....

Devemos lembrar que o transporte é uma concessão, portanto algo de responsabilidade do governo que ele outorga ao um outro o poder de gerenciar dentro dos limites impostos pelo concedente e auferir lucros. O transporte tradicionalmente é a base do desenvolvimento. O lucro deve existir para que a iniciativa privada assuma algo que seria uma obrigação de governo, mas ele vem associado intimamente a uma política base de cobertura e eficiência. Fazer com que essas diretrizes sejam compatíveis com o lucro e integralmente cumpridas é uma obrigação que o governo tem se furtado a cumprir.

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Não É Só na Argentina....

A pouco tempo falamos da intenção do governo argentino de “argentinizar” a Aerolineas Argentinas trazendo a mesma para as mão dos argentinos (hoje está na mão dos espanhóis da Marsans) e iniciando um novo período de influência direta estatal na Cia aérea. A mesma influência que ainda permite uma dependência nacional da Aerolineas/Austral no transporte aéreo.

Não é que o presidente Lula em viagem ao Peru e comentando a inoperância das nossas cias aéreas aventou, mesmo que remotamente, a possibilidade de fundar uma cia aérea estatal?

Todos sabem que sou um crítico ferrenho da falta de visão das cias nacionais (todas querem oferecer mais do mesmo e concentrar todas suas atividades no mesmo ponto em que a rival) e faço questão de anunciar e elogiar iniciativas de descentralização dos vôos internacionais (normalmente feita pelas cias estrangeiras), mas daí a apoiar uma idéia de uma cia aérea nacional estatal é outra conversa.

O controle aéreo, a manutenção dos aeroportos e da conexão desses com os grandes centros estão na mão do estado. Isso garantiu ousadia, manutenção adequada e boa administração? Além do mais, já existe uma pequena cia aérea estatal administrada pela FAB que transporta exclusivamente os membros do governo. Tinha ministro que no meio da crise dos aeroportos só viajava de jato da FAB com prioridade de decolagem e pouso.

Mais uma vez no Brasil, fica claro que não há elaborações de políticas de longo prazo que poderiam promover a expansão dos vôos através da descentralização, desoneração dos custos nos aeroportos menos viáveis financeiramente, aumento do limite de participação do capital externos nas nossas cias, uma política mais justa de distribuição de rotas entre as cias visando competição e determinação de diretrizes a serem cumpridas por quem se habilitar a realizar o transporte aéreo....

Devemos lembrar que o transporte é uma concessão, portanto algo de responsabilidade do governo que ele outorga ao um outro o poder de gerenciar dentro dos limites impostos pelo concedente e auferir lucros. O transporte tradicionalmente é a base do desenvolvimento. O lucro deve existir para que a iniciativa privada assuma algo que seria uma obrigação de governo, mas ele vem associado intimamente a uma política base de cobertura e eficiência. Fazer com que essas diretrizes sejam compatíveis com o lucro e integralmente cumpridas é uma obrigação que o governo tem se furtado a cumprir.

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A pouco tempo falamos da intenção do governo argentino de “argentinizar” a Aerolineas Argentinas trazendo a mesma para as mão dos argentinos (hoje está na mão dos espanhóis da Marsans) e iniciando um novo período de influência direta estatal na Cia aérea. A mesma influência que ainda permite uma dependência nacional da Aerolineas/Austral no transporte aéreo.

Não é que o presidente Lula em viagem ao Peru e comentando a inoperância das nossas cias aéreas aventou, mesmo que remotamente, a possibilidade de fundar uma cia aérea estatal?

Todos sabem que sou um crítico ferrenho da falta de visão das cias nacionais (todas querem oferecer mais do mesmo e concentrar todas suas atividades no mesmo ponto em que a rival) e faço questão de anunciar e elogiar iniciativas de descentralização dos vôos internacionais (normalmente feita pelas cias estrangeiras), mas daí a apoiar uma idéia de uma cia aérea nacional estatal é outra conversa.

O controle aéreo, a manutenção dos aeroportos e da conexão desses com os grandes centros estão na mão do estado. Isso garantiu ousadia, manutenção adequada e boa administração? Além do mais, já existe uma pequena cia aérea estatal administrada pela FAB que transporta exclusivamente os membros do governo. Tinha ministro que no meio da crise dos aeroportos só viajava de jato da FAB com prioridade de decolagem e pouso.

Mais uma vez no Brasil, fica claro que não há elaborações de políticas de longo prazo que poderiam promover a expansão dos vôos através da descentralização, desoneração dos custos nos aeroportos menos viáveis financeiramente, aumento do limite de participação do capital externos nas nossas cias, uma política mais justa de distribuição de rotas entre as cias visando competição e determinação de diretrizes a serem cumpridas por quem se habilitar a realizar o transporte aéreo....

Devemos lembrar que o transporte é uma concessão, portanto algo de responsabilidade do governo que ele outorga ao um outro o poder de gerenciar dentro dos limites impostos pelo concedente e auferir lucros. O transporte tradicionalmente é a base do desenvolvimento. O lucro deve existir para que a iniciativa privada assuma algo que seria uma obrigação de governo, mas ele vem associado intimamente a uma política base de cobertura e eficiência. Fazer com que essas diretrizes sejam compatíveis com o lucro e integralmente cumpridas é uma obrigação que o governo tem se furtado a cumprir.

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