terça-feira, maio 06, 2008

Aerolineas Argentinas: Reestatização?

Já fizemos um alerta sobre a situação financeira da principal cia aérea Argentina que hoje é controlada pelo grupo espanhol Marsans.

Visualizando a possibilidade de que o grupo Marsans tome atitudes de mercado com relação a Aerolineas e não atitudes que tenham no orgulho nacional suas bases, o Governo Argentino está iniciando um processo de retomada do controle acionário para mãos argentinas.

O governo pretende aumentar sua participação atual de 5% para 20%, a Marsans ficaria com 35 % (hoje tem 95%) e o restante seria vendido para os funcionários, grupos locais e governos provinciais.

O grupo Marsans deve estar satisfeitíssimo com esta opção. Isso deve ainda garantir uma sobrevivência de médio prazo para a cia Argentina. A dúvida fica se os contribuintes argentinos, que no final vão pagar a conta, irão sair ganhando com tudo isso. A história da Alitalia, Olympic, cias estatais, e da Varig, que foi por muito tempo gerenciada como se fosse uma, não abonam o controle estatal nas cias comerciais. Vale lembrar que a Argentina tem ainda a LADE, linhas aéreas da Força Aérea Argentina, que voa aeronaves bem surradas fazendo pinga-pinga dentro das regiões argentinas menos cobertas por transporte aéreo.

3 comentários:

Paulo Rosa disse...

Notícia divulgada hoje pelo jornal La Nación, de Buenos Aires:

O empresário Juan Carlos López Mena, presidente da empresa Buquebus, firmou uma "carta de intenções" para adquirir o controle de 37% da Aerolineas Argentinas.

Segundo a notícia, López Mena chegou a um acordo com o presidente da Marsans, Gonzalo Pascual, pelo qual a Marsans, que hoje controla 95% da Aerolineas Argentinas, passaria a ter 33,4%.

Se este acordo se confirmar e se o negócio for adianta, vai ser bem melhor do que a idéia de reestatização da Aerolineas Argentinas.

Particularmente, torço muito para que a proposta vá adiante, por dois motivos: Primeiro, eu voei bastante pela Aerolineas Argentinas antes da privatização e a companhia era excelente, no mesmo nível ou melhor do que a saudosa Varig. Além disto, a empresa Buquebus é bastante conceituada, tanto na Argentina como no Uruguay. Segundo, moro em Porto Alegre, RS, e é uma pena que atualmente não seja possível voar de Porto Alegre para Santiago de Chile com uma só empresa. Que saudades dos tempos da gloriosa Varig, que tinha vôos diretos POA - SCL!


Segue o link para quem quiser mais detalhes sobre o assunto:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010718&pid=4402577&toi=5820

Paulo Rosa disse...

Ultimas notícias sobre o assunto:

O grupo Marsans e o empresário Juan Carlos López Mena, presidente da Buquebus, assinam amanhã, Sexta-feira 08/05/08, uma carta de intenções.

Conforme o acordo, López Mena adquirirá acões atualmente sobre o controle da Marsans e ao mesmo tempo o Estado aumentaria sua participação para 20%.

Notícia original:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010825

Rodrigo Purisch disse...

Paulo,

Vamos ver aonde isso vai. O pessoal da Marsans está acusando o governo argentino de pressão para uma argentinização da cia aérea.

O que me preocupa é o fato de que a frota da Aerolineas está sucateada e em momentos de petróleo alto, isso faz diferença. Devemos lembrar ainda que o governo realizou um congelamento das tarifas para os argentinos e só recentemente permitiu um reajuste dos preços (em média 18%).

Essas ingerências sobre o mercado é são perigosas. Melhor seria abrir um pouco mais o mercado para outras cias aéreas e reduzir a dependência da Aerolineas. Mas isso fere o orgulho nacional.

Torço para que ela volte a ser essa Aerolieas que você conheceu, já que atual não é nem sobra do que você viu.

Um abraço

terça-feira, maio 06, 2008

Aerolineas Argentinas: Reestatização?

Já fizemos um alerta sobre a situação financeira da principal cia aérea Argentina que hoje é controlada pelo grupo espanhol Marsans.

Visualizando a possibilidade de que o grupo Marsans tome atitudes de mercado com relação a Aerolineas e não atitudes que tenham no orgulho nacional suas bases, o Governo Argentino está iniciando um processo de retomada do controle acionário para mãos argentinas.

O governo pretende aumentar sua participação atual de 5% para 20%, a Marsans ficaria com 35 % (hoje tem 95%) e o restante seria vendido para os funcionários, grupos locais e governos provinciais.

O grupo Marsans deve estar satisfeitíssimo com esta opção. Isso deve ainda garantir uma sobrevivência de médio prazo para a cia Argentina. A dúvida fica se os contribuintes argentinos, que no final vão pagar a conta, irão sair ganhando com tudo isso. A história da Alitalia, Olympic, cias estatais, e da Varig, que foi por muito tempo gerenciada como se fosse uma, não abonam o controle estatal nas cias comerciais. Vale lembrar que a Argentina tem ainda a LADE, linhas aéreas da Força Aérea Argentina, que voa aeronaves bem surradas fazendo pinga-pinga dentro das regiões argentinas menos cobertas por transporte aéreo.

3 comentários:

Paulo Rosa disse...

Notícia divulgada hoje pelo jornal La Nación, de Buenos Aires:

O empresário Juan Carlos López Mena, presidente da empresa Buquebus, firmou uma "carta de intenções" para adquirir o controle de 37% da Aerolineas Argentinas.

Segundo a notícia, López Mena chegou a um acordo com o presidente da Marsans, Gonzalo Pascual, pelo qual a Marsans, que hoje controla 95% da Aerolineas Argentinas, passaria a ter 33,4%.

Se este acordo se confirmar e se o negócio for adianta, vai ser bem melhor do que a idéia de reestatização da Aerolineas Argentinas.

Particularmente, torço muito para que a proposta vá adiante, por dois motivos: Primeiro, eu voei bastante pela Aerolineas Argentinas antes da privatização e a companhia era excelente, no mesmo nível ou melhor do que a saudosa Varig. Além disto, a empresa Buquebus é bastante conceituada, tanto na Argentina como no Uruguay. Segundo, moro em Porto Alegre, RS, e é uma pena que atualmente não seja possível voar de Porto Alegre para Santiago de Chile com uma só empresa. Que saudades dos tempos da gloriosa Varig, que tinha vôos diretos POA - SCL!


Segue o link para quem quiser mais detalhes sobre o assunto:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010718&pid=4402577&toi=5820

Paulo Rosa disse...

Ultimas notícias sobre o assunto:

O grupo Marsans e o empresário Juan Carlos López Mena, presidente da Buquebus, assinam amanhã, Sexta-feira 08/05/08, uma carta de intenções.

Conforme o acordo, López Mena adquirirá acões atualmente sobre o controle da Marsans e ao mesmo tempo o Estado aumentaria sua participação para 20%.

Notícia original:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010825

Rodrigo Purisch disse...

Paulo,

Vamos ver aonde isso vai. O pessoal da Marsans está acusando o governo argentino de pressão para uma argentinização da cia aérea.

O que me preocupa é o fato de que a frota da Aerolineas está sucateada e em momentos de petróleo alto, isso faz diferença. Devemos lembrar ainda que o governo realizou um congelamento das tarifas para os argentinos e só recentemente permitiu um reajuste dos preços (em média 18%).

Essas ingerências sobre o mercado é são perigosas. Melhor seria abrir um pouco mais o mercado para outras cias aéreas e reduzir a dependência da Aerolineas. Mas isso fere o orgulho nacional.

Torço para que ela volte a ser essa Aerolieas que você conheceu, já que atual não é nem sobra do que você viu.

Um abraço

terça-feira, maio 06, 2008

Aerolineas Argentinas: Reestatização?

Já fizemos um alerta sobre a situação financeira da principal cia aérea Argentina que hoje é controlada pelo grupo espanhol Marsans.

Visualizando a possibilidade de que o grupo Marsans tome atitudes de mercado com relação a Aerolineas e não atitudes que tenham no orgulho nacional suas bases, o Governo Argentino está iniciando um processo de retomada do controle acionário para mãos argentinas.

O governo pretende aumentar sua participação atual de 5% para 20%, a Marsans ficaria com 35 % (hoje tem 95%) e o restante seria vendido para os funcionários, grupos locais e governos provinciais.

O grupo Marsans deve estar satisfeitíssimo com esta opção. Isso deve ainda garantir uma sobrevivência de médio prazo para a cia Argentina. A dúvida fica se os contribuintes argentinos, que no final vão pagar a conta, irão sair ganhando com tudo isso. A história da Alitalia, Olympic, cias estatais, e da Varig, que foi por muito tempo gerenciada como se fosse uma, não abonam o controle estatal nas cias comerciais. Vale lembrar que a Argentina tem ainda a LADE, linhas aéreas da Força Aérea Argentina, que voa aeronaves bem surradas fazendo pinga-pinga dentro das regiões argentinas menos cobertas por transporte aéreo.

3 comentários:

Paulo Rosa disse...

Notícia divulgada hoje pelo jornal La Nación, de Buenos Aires:

O empresário Juan Carlos López Mena, presidente da empresa Buquebus, firmou uma "carta de intenções" para adquirir o controle de 37% da Aerolineas Argentinas.

Segundo a notícia, López Mena chegou a um acordo com o presidente da Marsans, Gonzalo Pascual, pelo qual a Marsans, que hoje controla 95% da Aerolineas Argentinas, passaria a ter 33,4%.

Se este acordo se confirmar e se o negócio for adianta, vai ser bem melhor do que a idéia de reestatização da Aerolineas Argentinas.

Particularmente, torço muito para que a proposta vá adiante, por dois motivos: Primeiro, eu voei bastante pela Aerolineas Argentinas antes da privatização e a companhia era excelente, no mesmo nível ou melhor do que a saudosa Varig. Além disto, a empresa Buquebus é bastante conceituada, tanto na Argentina como no Uruguay. Segundo, moro em Porto Alegre, RS, e é uma pena que atualmente não seja possível voar de Porto Alegre para Santiago de Chile com uma só empresa. Que saudades dos tempos da gloriosa Varig, que tinha vôos diretos POA - SCL!


Segue o link para quem quiser mais detalhes sobre o assunto:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010718&pid=4402577&toi=5820

Paulo Rosa disse...

Ultimas notícias sobre o assunto:

O grupo Marsans e o empresário Juan Carlos López Mena, presidente da Buquebus, assinam amanhã, Sexta-feira 08/05/08, uma carta de intenções.

Conforme o acordo, López Mena adquirirá acões atualmente sobre o controle da Marsans e ao mesmo tempo o Estado aumentaria sua participação para 20%.

Notícia original:

http://www.lanacion.com.ar/economia/nota.asp?nota_id=1010825

Rodrigo Purisch disse...

Paulo,

Vamos ver aonde isso vai. O pessoal da Marsans está acusando o governo argentino de pressão para uma argentinização da cia aérea.

O que me preocupa é o fato de que a frota da Aerolineas está sucateada e em momentos de petróleo alto, isso faz diferença. Devemos lembrar ainda que o governo realizou um congelamento das tarifas para os argentinos e só recentemente permitiu um reajuste dos preços (em média 18%).

Essas ingerências sobre o mercado é são perigosas. Melhor seria abrir um pouco mais o mercado para outras cias aéreas e reduzir a dependência da Aerolineas. Mas isso fere o orgulho nacional.

Torço para que ela volte a ser essa Aerolieas que você conheceu, já que atual não é nem sobra do que você viu.

Um abraço