terça-feira, setembro 09, 2008

Do Brasil a Miami usando 20 mil milhas mais 640 reais

Atenção: As informações contidas neste post estão sujeitas a grandes modificações, já que o mercado de aviação é muito dinâmico. As mesmas baseiam-se na conjuntura existente em agosto de 2008.

Na busca por chegar naquele destino desejado e ao mesmo tempo economizar alguns dólares, esse blogueiro foi testar uma das estratégias já postadas aqui no blog para encontrar aquela passagem tão sonhada. A associação de uma passagem emitida com milhas com uma outra passagem comprada para atingir o destino desejado é uma das opções possíveis para se fugir da baixa concorrência entre as cias aéreas em diversas rotas e das bandas tarifárias que impedem promoções para determinados destinos.

O destino pretendido era Miami e minha viagem partiria de Belo Horizonte. Fazendo uma cotação de passagens desde BH em direção a Miami, em agosto de 2008, encontrei preços absurdamente altos por volta de 1500 USD com taxas inclusas (resultantes da alta demanda por passagens, da baixa concorrência e do dólar baixo na terra do tio Sam, que torna o destino mais atraente ainda). Apenas uma opção dentre as disponíveis partindo de BH mostrou-se mais econômica (cerca de 1200 USD): um vôo com a Aeromexico, mas com uma incômoda conexão na Cidade do México com 10 horas de duração (diga-se de passagem, confinado dentro do setor de trânsito do aeroporto, já que eu não tenho o visto mexicano necessário para deixar o aeroporto). Pagar pela emissão do visto aumentaria meus custo e tomaria mais tempo. OBS: Os preços deram uma caída desde a entrada da Copa na rota e da aproximação dos vôos da American e TAM para Miami.

Com algumas milhas Smiles na conta e doido para usá-las (repito mais uma vez, milha boa é milha gasta rapidamente e com sabedoria) fui em busca de uma combinação entre uma passagem prêmio emitida com 20 mil milhas e uma passagem comprada para chegar a Miami ou Fort Lauderdale (cidade muito próxima a Miami). Como no ano passado fizemos uma série intitulada “Indo além das 20mil milhas/pontos", já sabíamos que minhas opções passavam por Lima no Peru, Caracas na Venezuela ou Bogotá na Colômbia.

Iniciei a cotação das passagens e já no início Bogotá mostrou-se como a melhor opção, pois os custos de uma passagem de lá para Miami eram de cerca de 500 reais (com taxas) contra cerca de 1000 reais partindo de Caracas (onde por sinal as taxas de embarque conseguem ser mais absurdas do que as cobradas no Brasil) ou Lima. Mas porque isso? Não tenho uma resposta para essa questão, mas especulo que a proximidade comercial entre a Colômbia e os EUA, a concorrência entre a low cost Spirit, a Avianca, LAN e a American na rota Bogotá/Miami e a proximidade física ajudam a facilitar as coisas para o consumidor de lá. Contra Caracas, encontram-se o distanciamento político e econômico entre a Venezuela e os EUA, disputas no passado que chegaram a ameaçar os vôos das cias americanas para a Venezuela e a baixa concorrência no mercado local, apesar da proximidade de Caracas com Miami ser maior do que a de Bogotá. Mais uma vez chamo a atenção, a opção por Bogotá de deveu ao menor custo da passagem, mas as tarifas são dinâmicas e o que hoje é mais barato amanhã pode não ser...

Se você pensou em voar para Caracas e de lá para Bogotá, pode ir tirando essa opção do caderninho, já que essa rota tem vôos muito caros (cerca de 600 reais, com taxas, ida e volta e 400 reais só a ida) e é dominada pela Avianca, já que Aero República (leia-se Copa) faz um único vôo diário. A Aeropostal ou Conviasa venezuelanas não atuam nessa rota, na verdade, hoje em dia atuam em poucas rotas. Com isso, a economia que seria feita comprando a passagem de Bogotá para Miami não suportaria a adição de uma passagem Caracas/Bogotá (mesmo que só uma perna), tornando o negócio pouco vantajoso e aumentando os riscos dessa estratégia (associar conexões de vôos de cias diferentes).

Decidido que Bogotá seria meu ponto intermediário, passamos a segunda fase que seria escolher entre as cias que realizariam a ligação entre aquele destino e meu destino final, Miami, e sem paradas (no stop), uma vez que já teria conexões suficientes para administrar. Na frente, partiram as americanas Spirit e American, já que a Avianca me lembra muito a OceanAir (as duas são do mesmo grupo e ainda estamos esperando a mudança do nome da cia brasileira para Avianca Brasil)... e a LAN tem apenas 3 vôos semanais. De qualquer forma, a Avianca, que é a segunda mais antiga cia aérea em atividade (a KLM é a mais antiga) e que tem em Bogotá sua base de operações, não apresentava possibilidade de acúmulo de milhas nos programas onde sou associado e nem apresentava preços convidativos o suficiente para me fazer testar os serviços dessa Cia.

Sobraram então:

A Spirit, uma cia low cost que recentemente iniciou suas operações em Bogotá e que realiza um vôo diário com destino a Fort Lauderdale. Os vôos da Spirit contam com uma franquia muito reduzida de bagagem despachada. Para se ter direito de despachar uma peça padrão de 23kg, paga-se 15 USD na Internet ou 25 USD no aeroporto! Você tem direito ainda a uma peça de até 18Kg de bagagem de mão. A Cia não tem serviço de bordo incluso, mas por outro lado tem bons preços e diversas promoções no seu site para quem não se incomodar com essas limitações. Vale lembrar que a franquia da Varig nos vôos para Bogotá é de 20 kg/total nas peças despachadas e 5 kg na bagagem de mão.

A chilena LAN que opera apenas 3 vôos por semana ligando Bogotá a Miami. Possui a franquia de 1 peça de bagagem de mão de até 8kg e 2 peças de até 23kg/cada despachadas. Gosto da LAN, mas a existência de apenas 3 vôos complicava a montagem da minha viagem.

A American (AA), uma cia tradicional, voa com aviões mais velhos nessa rota (A300) e opera dois vôos diários com destino a Miami. Os vôos contam com uma franquia de duas peças despachadas de até 23kg/cada mais uma bagagem de mão de até 18 kg. Possui serviço de bordo e preços não muito acima dos praticados pela Spirit. Os preços da AA chegaram a cair ainda mais no momento em que escolhia os meus vôos como contra-ataque as promoções da recém chegada low cost.

Minha escolha foi a American, já que se fosse pagar pelo excesso de bagagem para voar na Spirit (como cliente Smiles Gold tenho direito a 40 kg de franquia, 20 kg extras, no vôo da Varig que iria utilizar), o preço final seria quase equivalente. E ainda tinha a possibilidade de acumular milhas nas cias associadas da AA (no meu caso estou tentando investir no LAN Pass da LAN – quem sabe consigo um Status elite lá também), além de poder dividir em 6 vezes as passagens compradas no site brasileiro da AA.. Com tudo isso a escolha fica óbvia...

Emiti então uma passagem BH/Bogotá usando 20 mil milhas Smiles (paguei 220 reais de taxas de embarque para a Varig) e comprei uma passagem no site da AA para o Brasil (aproveitando uma promoção em resposta a outra da Spirit) pagando 420 reais com taxas inclusas. Resultado: 20 mil milhas Smiles mais 640 reais para uma passagem BH/Miami. Mas você deve somar a isso duas diárias de hotel em Bogotá (uma obrigatória e outra muiiiito recomendável) e o deslocamento do aeroporto de El Dourado até a cidade e vice-versa. Coloca aí ainda, dois dias gastos em Bogotá por conta das conexões. Alguns consideram esses dias como perdidos, mas para mim foram produtivos e aproveitei para conhecer mais uma cidade.

Nos próximos capítulos, vou destrinchar os pontos fortes e fracos dessa estratégia e mostrar como as coisas podem dar errado.

8 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Rodrigo:

Li com muito interesse o seu último informativo, sobre a viagem BH-BOG– Miami, já que tenho a intenção de fazer algo parecido no fim do ano. Mais precisamente, quero ir a São José, na Costa Rica, país do qual eu gosto muitíssimo, onde já estive várias vezes, deixando sempre muito boa impressão e a vontade de retornar para ver o que me falta conhecer (quase tudo, o que é admirável, num país de 50 mil km2).

Nas outras viagens que fiz à CR, fui via Caracas, a partir da qual saia um vôo da LACSA (hoje, TACA), com escalas em Barranquilha (Colômbia) e Cidade do Panamá. Há dez anos, esse trajeto não custava mais que US$ 200. Hoje, custa o dobro (na companhia que oferece a tarifa mais em conta - COPA). Saindo de Bogotá, custa um pouquinho menos (US$ 392). Porém, um bilhete Rio – SJO – Rio, pela Taca, custam US$ 876,72, uma enorme diferença, sobretudo, se considero que viajo com esposa e dois filhos!!

Estudo essa viagem via Caracas ou Bogotá, pelo fato de ter milhas TAM e Varig. Eu já imaginava não poder usar as desta última. Ao ler o seu informativo, fiquei com a dúvida: desde há algum tempo, tenho lido no sítio internet da Varig a informação de que os bilhetes Smiles, temporariamente, só se emitem para vôos nacionais. Você, porém, pôde utilizá-los numa viagem a Bogotá, o que seria ideal para mim. Você conseguiu organizar essa viagem via internet ou através dum agente de viagens?

Como quero me livrar dessas milhas o mais rapidamente possível, para evitar um resultado mais catastrófico no futuro, leia-se uma possível perda do direito de utilizá-las, resolvi fazer qualquer coisa, para zerar a minha conta Smiles, ainda neste ano.

Saudações
puigllum

Marceu disse...

Grande Rodrigo, que bom receber essas informações! Pelo que pude analisar, a AA já subiu os preços, numa rápida busca através do site (entre setembro e novembro) não achei tarifas por menos de mil reais (ida/volta+taxas). Lembro que até mês passado era possível achar essas tarifas que você postou. Por outro lado se considerarmos a franquia de bagagem da Varig para quem não tem cartão gold, ela se encaixa com a da Spirit, logo não adiantaria ter uma franquia mais alta pela AA, já que vai ficar limitado no gargalo da Varig. Quanto a Bogotá também tenho interesse de visitar, pelo menos 1 dia. Por favor nos honre com sua experiência de hotel e transporte. Por fim queremos saber sobre o cruzeiro que você mencionou no primeiro post. Ficamos no aguardo ansiosos!! Obrigado mais uma vez!

Anônimo disse...

Rodrigo, como sempre, seus posts são de-fi-ni-ti-vos, e confirmaram uma suspeita que eu tinha, de que fica praticamente inviável fazer um passeio com milhas indo à Caracas/Los Roques e voltando Cartagena/Bogotá, porque o trecho entre as duas fica muito caro. Absssssssss, Meilin

Anônimo disse...

rsrsrsrsr Sei que vc não advinha o futuro, mas é tão bom perguntar coisas a quem entende... :o) Obrigada!!!

Anônimo disse...

Rodrigo, vi na VT desse mês que a Tam voltou a voar diariamente para Lima, partindo de GRU. Fui ao site e vi que é isso mesmo. Na ida, o vôo é o JJ 8066. Na volta, o JJ 8067. Fiz uma simulação para compra com dinheiro de uma ida e volta em outubro e consegui tarifas na classe "econômica com desconto", o que me fez crer que o vôo não está lotado.

Em seguida, fiz a mesma simulação, nas mesmas datas, só que marcando a opção "usar pontos Fidelidade Tam". Resultado nesse caso: não há vôos disponíveis.

Pergunto: tratando-se de vôo para a América do Sul e considerando (1) que havia vagas e (2) que a regra divulgada do Fidelidade afirma que não há restrições para vôos para a América do Sul, não era para esse vôo ser oferecido também para compra com pontos?

Resolvi perguntar a você antes de ir ao Ministério Público, ao Procon e ao juizado especial, para não correr o risco de fazer auê sem ter razão.

Um grande abraço e parabéns.

Rodrigo Purisch disse...

Isac,

Não conheço a Costa Rica, mas seu relato me deixou com vontade de conhecer.

O site do Smiles só emite passagens nacionais. AS internacionais podem ser emitidas no call center. Ela hoje só voa para Caracas, Botogá, Santiago e Buenos Aires. Parece que aoinda quer voar para o Uruguai.
Todas essas passagens são emitidas por 20mil pontos. Você cotou o preço da passagem do Panamá até a CR? A copa estava com uma promoção nmo vôo saindo de BH para o Panamá na qual comprando uma passagem com cartão Mastercard, a do acompanhante era de graça. Fiz um post aqui no blog. Não me lembro da data de validade e não olho agora porque minha conexão no momento é precária.

Maceu,

Vou fazer um mini guia de Bogotá, mas infelizmente não deu para pesquisar in loco os hoteis... O que eu fiquei foi uma pousada com p minúsculo...


Meilin,

Hoje acho que não vale a pena não. Desde a saída das cias Venezuelanas da concorrência internacional ficou mais difícil fazer isso. A Aeropostal tinha um passe que deixava isso menso caro, mas agora ela anda combalida e voa para poucos destinos.

Layana,

Agente tenta ajudar, mas na hora de fazer previsão a coisa complica pois assumo um risco grande de errar e induzir o leitor ao erro. Entende?

Pêesse,

No regulamento do Fidelidade:

"A emissão de bilhetes prêmio para vôos nacionais e América do Sul operados pela TAM não está sujeita à limitação de assentos destinados à utilização específica de pontos Fidelidade bastando haver disponibilidade de assento no vôo desejado."

http://www.tam.com.br/b2c/jsp/default.jhtml?adPagina=717&adArtigo=10982&adMenu=2216

Imprime esse texto e a disponibilidade de assentos no site da TAM. Vai numa loja TAM e pede por escrito que não tem assentos naquele vôo com disponibilidade ou avisa a uma tendente do call center que você está gravando a ligação (fala que você tem hábito de fazer isso e não é ilegal se a outra pessoa sabe que você está gravando). Nãoo conseguiu, pode ir para o Juizado de Consumo...

abraço a todos

Anônimo disse...

Fiz algo parecido, mas para ir ao Caribe, Punta Cana, Rep. Dominicana.
Usei as milhas da Varig do RJ para Bogotá, e de Bogotá para Sto Domingo ( capital Da Rep. Dominicana) comprei a passgem pela copa Air Lines, que sai cada perna por $215,00, mais as taxas.
Abs.
Priscilla

Unknown disse...

Caro Rodrigo!
Sou nova aqui e estou maravilhada pelas dicas!
Estamos pensando em usar as milhas do Smiles (que já considerava perdidas) e tínhamos a intencao de ir à Aruba. Será que poderíamos usar a mesma conexao via Bogota ou Caracas? Liguei no Smiles, e eles têm as duas linhas, sendo que, para a de Bogotá, já conseguiria reservas para maio de 2009. Você teria algum tópico já publicado sobre o tema?
De antemao, agradeco a atencao e o parabenizo, mais uma vez, pela enorme ajuda!

Um abraco!

Renata

terça-feira, setembro 09, 2008

Do Brasil a Miami usando 20 mil milhas mais 640 reais

Atenção: As informações contidas neste post estão sujeitas a grandes modificações, já que o mercado de aviação é muito dinâmico. As mesmas baseiam-se na conjuntura existente em agosto de 2008.

Na busca por chegar naquele destino desejado e ao mesmo tempo economizar alguns dólares, esse blogueiro foi testar uma das estratégias já postadas aqui no blog para encontrar aquela passagem tão sonhada. A associação de uma passagem emitida com milhas com uma outra passagem comprada para atingir o destino desejado é uma das opções possíveis para se fugir da baixa concorrência entre as cias aéreas em diversas rotas e das bandas tarifárias que impedem promoções para determinados destinos.

O destino pretendido era Miami e minha viagem partiria de Belo Horizonte. Fazendo uma cotação de passagens desde BH em direção a Miami, em agosto de 2008, encontrei preços absurdamente altos por volta de 1500 USD com taxas inclusas (resultantes da alta demanda por passagens, da baixa concorrência e do dólar baixo na terra do tio Sam, que torna o destino mais atraente ainda). Apenas uma opção dentre as disponíveis partindo de BH mostrou-se mais econômica (cerca de 1200 USD): um vôo com a Aeromexico, mas com uma incômoda conexão na Cidade do México com 10 horas de duração (diga-se de passagem, confinado dentro do setor de trânsito do aeroporto, já que eu não tenho o visto mexicano necessário para deixar o aeroporto). Pagar pela emissão do visto aumentaria meus custo e tomaria mais tempo. OBS: Os preços deram uma caída desde a entrada da Copa na rota e da aproximação dos vôos da American e TAM para Miami.

Com algumas milhas Smiles na conta e doido para usá-las (repito mais uma vez, milha boa é milha gasta rapidamente e com sabedoria) fui em busca de uma combinação entre uma passagem prêmio emitida com 20 mil milhas e uma passagem comprada para chegar a Miami ou Fort Lauderdale (cidade muito próxima a Miami). Como no ano passado fizemos uma série intitulada “Indo além das 20mil milhas/pontos", já sabíamos que minhas opções passavam por Lima no Peru, Caracas na Venezuela ou Bogotá na Colômbia.

Iniciei a cotação das passagens e já no início Bogotá mostrou-se como a melhor opção, pois os custos de uma passagem de lá para Miami eram de cerca de 500 reais (com taxas) contra cerca de 1000 reais partindo de Caracas (onde por sinal as taxas de embarque conseguem ser mais absurdas do que as cobradas no Brasil) ou Lima. Mas porque isso? Não tenho uma resposta para essa questão, mas especulo que a proximidade comercial entre a Colômbia e os EUA, a concorrência entre a low cost Spirit, a Avianca, LAN e a American na rota Bogotá/Miami e a proximidade física ajudam a facilitar as coisas para o consumidor de lá. Contra Caracas, encontram-se o distanciamento político e econômico entre a Venezuela e os EUA, disputas no passado que chegaram a ameaçar os vôos das cias americanas para a Venezuela e a baixa concorrência no mercado local, apesar da proximidade de Caracas com Miami ser maior do que a de Bogotá. Mais uma vez chamo a atenção, a opção por Bogotá de deveu ao menor custo da passagem, mas as tarifas são dinâmicas e o que hoje é mais barato amanhã pode não ser...

Se você pensou em voar para Caracas e de lá para Bogotá, pode ir tirando essa opção do caderninho, já que essa rota tem vôos muito caros (cerca de 600 reais, com taxas, ida e volta e 400 reais só a ida) e é dominada pela Avianca, já que Aero República (leia-se Copa) faz um único vôo diário. A Aeropostal ou Conviasa venezuelanas não atuam nessa rota, na verdade, hoje em dia atuam em poucas rotas. Com isso, a economia que seria feita comprando a passagem de Bogotá para Miami não suportaria a adição de uma passagem Caracas/Bogotá (mesmo que só uma perna), tornando o negócio pouco vantajoso e aumentando os riscos dessa estratégia (associar conexões de vôos de cias diferentes).

Decidido que Bogotá seria meu ponto intermediário, passamos a segunda fase que seria escolher entre as cias que realizariam a ligação entre aquele destino e meu destino final, Miami, e sem paradas (no stop), uma vez que já teria conexões suficientes para administrar. Na frente, partiram as americanas Spirit e American, já que a Avianca me lembra muito a OceanAir (as duas são do mesmo grupo e ainda estamos esperando a mudança do nome da cia brasileira para Avianca Brasil)... e a LAN tem apenas 3 vôos semanais. De qualquer forma, a Avianca, que é a segunda mais antiga cia aérea em atividade (a KLM é a mais antiga) e que tem em Bogotá sua base de operações, não apresentava possibilidade de acúmulo de milhas nos programas onde sou associado e nem apresentava preços convidativos o suficiente para me fazer testar os serviços dessa Cia.

Sobraram então:

A Spirit, uma cia low cost que recentemente iniciou suas operações em Bogotá e que realiza um vôo diário com destino a Fort Lauderdale. Os vôos da Spirit contam com uma franquia muito reduzida de bagagem despachada. Para se ter direito de despachar uma peça padrão de 23kg, paga-se 15 USD na Internet ou 25 USD no aeroporto! Você tem direito ainda a uma peça de até 18Kg de bagagem de mão. A Cia não tem serviço de bordo incluso, mas por outro lado tem bons preços e diversas promoções no seu site para quem não se incomodar com essas limitações. Vale lembrar que a franquia da Varig nos vôos para Bogotá é de 20 kg/total nas peças despachadas e 5 kg na bagagem de mão.

A chilena LAN que opera apenas 3 vôos por semana ligando Bogotá a Miami. Possui a franquia de 1 peça de bagagem de mão de até 8kg e 2 peças de até 23kg/cada despachadas. Gosto da LAN, mas a existência de apenas 3 vôos complicava a montagem da minha viagem.

A American (AA), uma cia tradicional, voa com aviões mais velhos nessa rota (A300) e opera dois vôos diários com destino a Miami. Os vôos contam com uma franquia de duas peças despachadas de até 23kg/cada mais uma bagagem de mão de até 18 kg. Possui serviço de bordo e preços não muito acima dos praticados pela Spirit. Os preços da AA chegaram a cair ainda mais no momento em que escolhia os meus vôos como contra-ataque as promoções da recém chegada low cost.

Minha escolha foi a American, já que se fosse pagar pelo excesso de bagagem para voar na Spirit (como cliente Smiles Gold tenho direito a 40 kg de franquia, 20 kg extras, no vôo da Varig que iria utilizar), o preço final seria quase equivalente. E ainda tinha a possibilidade de acumular milhas nas cias associadas da AA (no meu caso estou tentando investir no LAN Pass da LAN – quem sabe consigo um Status elite lá também), além de poder dividir em 6 vezes as passagens compradas no site brasileiro da AA.. Com tudo isso a escolha fica óbvia...

Emiti então uma passagem BH/Bogotá usando 20 mil milhas Smiles (paguei 220 reais de taxas de embarque para a Varig) e comprei uma passagem no site da AA para o Brasil (aproveitando uma promoção em resposta a outra da Spirit) pagando 420 reais com taxas inclusas. Resultado: 20 mil milhas Smiles mais 640 reais para uma passagem BH/Miami. Mas você deve somar a isso duas diárias de hotel em Bogotá (uma obrigatória e outra muiiiito recomendável) e o deslocamento do aeroporto de El Dourado até a cidade e vice-versa. Coloca aí ainda, dois dias gastos em Bogotá por conta das conexões. Alguns consideram esses dias como perdidos, mas para mim foram produtivos e aproveitei para conhecer mais uma cidade.

Nos próximos capítulos, vou destrinchar os pontos fortes e fracos dessa estratégia e mostrar como as coisas podem dar errado.

8 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Rodrigo:

Li com muito interesse o seu último informativo, sobre a viagem BH-BOG– Miami, já que tenho a intenção de fazer algo parecido no fim do ano. Mais precisamente, quero ir a São José, na Costa Rica, país do qual eu gosto muitíssimo, onde já estive várias vezes, deixando sempre muito boa impressão e a vontade de retornar para ver o que me falta conhecer (quase tudo, o que é admirável, num país de 50 mil km2).

Nas outras viagens que fiz à CR, fui via Caracas, a partir da qual saia um vôo da LACSA (hoje, TACA), com escalas em Barranquilha (Colômbia) e Cidade do Panamá. Há dez anos, esse trajeto não custava mais que US$ 200. Hoje, custa o dobro (na companhia que oferece a tarifa mais em conta - COPA). Saindo de Bogotá, custa um pouquinho menos (US$ 392). Porém, um bilhete Rio – SJO – Rio, pela Taca, custam US$ 876,72, uma enorme diferença, sobretudo, se considero que viajo com esposa e dois filhos!!

Estudo essa viagem via Caracas ou Bogotá, pelo fato de ter milhas TAM e Varig. Eu já imaginava não poder usar as desta última. Ao ler o seu informativo, fiquei com a dúvida: desde há algum tempo, tenho lido no sítio internet da Varig a informação de que os bilhetes Smiles, temporariamente, só se emitem para vôos nacionais. Você, porém, pôde utilizá-los numa viagem a Bogotá, o que seria ideal para mim. Você conseguiu organizar essa viagem via internet ou através dum agente de viagens?

Como quero me livrar dessas milhas o mais rapidamente possível, para evitar um resultado mais catastrófico no futuro, leia-se uma possível perda do direito de utilizá-las, resolvi fazer qualquer coisa, para zerar a minha conta Smiles, ainda neste ano.

Saudações
puigllum

Marceu disse...

Grande Rodrigo, que bom receber essas informações! Pelo que pude analisar, a AA já subiu os preços, numa rápida busca através do site (entre setembro e novembro) não achei tarifas por menos de mil reais (ida/volta+taxas). Lembro que até mês passado era possível achar essas tarifas que você postou. Por outro lado se considerarmos a franquia de bagagem da Varig para quem não tem cartão gold, ela se encaixa com a da Spirit, logo não adiantaria ter uma franquia mais alta pela AA, já que vai ficar limitado no gargalo da Varig. Quanto a Bogotá também tenho interesse de visitar, pelo menos 1 dia. Por favor nos honre com sua experiência de hotel e transporte. Por fim queremos saber sobre o cruzeiro que você mencionou no primeiro post. Ficamos no aguardo ansiosos!! Obrigado mais uma vez!

Anônimo disse...

Rodrigo, como sempre, seus posts são de-fi-ni-ti-vos, e confirmaram uma suspeita que eu tinha, de que fica praticamente inviável fazer um passeio com milhas indo à Caracas/Los Roques e voltando Cartagena/Bogotá, porque o trecho entre as duas fica muito caro. Absssssssss, Meilin

Anônimo disse...

rsrsrsrsr Sei que vc não advinha o futuro, mas é tão bom perguntar coisas a quem entende... :o) Obrigada!!!

Anônimo disse...

Rodrigo, vi na VT desse mês que a Tam voltou a voar diariamente para Lima, partindo de GRU. Fui ao site e vi que é isso mesmo. Na ida, o vôo é o JJ 8066. Na volta, o JJ 8067. Fiz uma simulação para compra com dinheiro de uma ida e volta em outubro e consegui tarifas na classe "econômica com desconto", o que me fez crer que o vôo não está lotado.

Em seguida, fiz a mesma simulação, nas mesmas datas, só que marcando a opção "usar pontos Fidelidade Tam". Resultado nesse caso: não há vôos disponíveis.

Pergunto: tratando-se de vôo para a América do Sul e considerando (1) que havia vagas e (2) que a regra divulgada do Fidelidade afirma que não há restrições para vôos para a América do Sul, não era para esse vôo ser oferecido também para compra com pontos?

Resolvi perguntar a você antes de ir ao Ministério Público, ao Procon e ao juizado especial, para não correr o risco de fazer auê sem ter razão.

Um grande abraço e parabéns.

Rodrigo Purisch disse...

Isac,

Não conheço a Costa Rica, mas seu relato me deixou com vontade de conhecer.

O site do Smiles só emite passagens nacionais. AS internacionais podem ser emitidas no call center. Ela hoje só voa para Caracas, Botogá, Santiago e Buenos Aires. Parece que aoinda quer voar para o Uruguai.
Todas essas passagens são emitidas por 20mil pontos. Você cotou o preço da passagem do Panamá até a CR? A copa estava com uma promoção nmo vôo saindo de BH para o Panamá na qual comprando uma passagem com cartão Mastercard, a do acompanhante era de graça. Fiz um post aqui no blog. Não me lembro da data de validade e não olho agora porque minha conexão no momento é precária.

Maceu,

Vou fazer um mini guia de Bogotá, mas infelizmente não deu para pesquisar in loco os hoteis... O que eu fiquei foi uma pousada com p minúsculo...


Meilin,

Hoje acho que não vale a pena não. Desde a saída das cias Venezuelanas da concorrência internacional ficou mais difícil fazer isso. A Aeropostal tinha um passe que deixava isso menso caro, mas agora ela anda combalida e voa para poucos destinos.

Layana,

Agente tenta ajudar, mas na hora de fazer previsão a coisa complica pois assumo um risco grande de errar e induzir o leitor ao erro. Entende?

Pêesse,

No regulamento do Fidelidade:

"A emissão de bilhetes prêmio para vôos nacionais e América do Sul operados pela TAM não está sujeita à limitação de assentos destinados à utilização específica de pontos Fidelidade bastando haver disponibilidade de assento no vôo desejado."

http://www.tam.com.br/b2c/jsp/default.jhtml?adPagina=717&adArtigo=10982&adMenu=2216

Imprime esse texto e a disponibilidade de assentos no site da TAM. Vai numa loja TAM e pede por escrito que não tem assentos naquele vôo com disponibilidade ou avisa a uma tendente do call center que você está gravando a ligação (fala que você tem hábito de fazer isso e não é ilegal se a outra pessoa sabe que você está gravando). Nãoo conseguiu, pode ir para o Juizado de Consumo...

abraço a todos

Anônimo disse...

Fiz algo parecido, mas para ir ao Caribe, Punta Cana, Rep. Dominicana.
Usei as milhas da Varig do RJ para Bogotá, e de Bogotá para Sto Domingo ( capital Da Rep. Dominicana) comprei a passgem pela copa Air Lines, que sai cada perna por $215,00, mais as taxas.
Abs.
Priscilla

Unknown disse...

Caro Rodrigo!
Sou nova aqui e estou maravilhada pelas dicas!
Estamos pensando em usar as milhas do Smiles (que já considerava perdidas) e tínhamos a intencao de ir à Aruba. Será que poderíamos usar a mesma conexao via Bogota ou Caracas? Liguei no Smiles, e eles têm as duas linhas, sendo que, para a de Bogotá, já conseguiria reservas para maio de 2009. Você teria algum tópico já publicado sobre o tema?
De antemao, agradeco a atencao e o parabenizo, mais uma vez, pela enorme ajuda!

Um abraco!

Renata

terça-feira, setembro 09, 2008

Do Brasil a Miami usando 20 mil milhas mais 640 reais

Atenção: As informações contidas neste post estão sujeitas a grandes modificações, já que o mercado de aviação é muito dinâmico. As mesmas baseiam-se na conjuntura existente em agosto de 2008.

Na busca por chegar naquele destino desejado e ao mesmo tempo economizar alguns dólares, esse blogueiro foi testar uma das estratégias já postadas aqui no blog para encontrar aquela passagem tão sonhada. A associação de uma passagem emitida com milhas com uma outra passagem comprada para atingir o destino desejado é uma das opções possíveis para se fugir da baixa concorrência entre as cias aéreas em diversas rotas e das bandas tarifárias que impedem promoções para determinados destinos.

O destino pretendido era Miami e minha viagem partiria de Belo Horizonte. Fazendo uma cotação de passagens desde BH em direção a Miami, em agosto de 2008, encontrei preços absurdamente altos por volta de 1500 USD com taxas inclusas (resultantes da alta demanda por passagens, da baixa concorrência e do dólar baixo na terra do tio Sam, que torna o destino mais atraente ainda). Apenas uma opção dentre as disponíveis partindo de BH mostrou-se mais econômica (cerca de 1200 USD): um vôo com a Aeromexico, mas com uma incômoda conexão na Cidade do México com 10 horas de duração (diga-se de passagem, confinado dentro do setor de trânsito do aeroporto, já que eu não tenho o visto mexicano necessário para deixar o aeroporto). Pagar pela emissão do visto aumentaria meus custo e tomaria mais tempo. OBS: Os preços deram uma caída desde a entrada da Copa na rota e da aproximação dos vôos da American e TAM para Miami.

Com algumas milhas Smiles na conta e doido para usá-las (repito mais uma vez, milha boa é milha gasta rapidamente e com sabedoria) fui em busca de uma combinação entre uma passagem prêmio emitida com 20 mil milhas e uma passagem comprada para chegar a Miami ou Fort Lauderdale (cidade muito próxima a Miami). Como no ano passado fizemos uma série intitulada “Indo além das 20mil milhas/pontos", já sabíamos que minhas opções passavam por Lima no Peru, Caracas na Venezuela ou Bogotá na Colômbia.

Iniciei a cotação das passagens e já no início Bogotá mostrou-se como a melhor opção, pois os custos de uma passagem de lá para Miami eram de cerca de 500 reais (com taxas) contra cerca de 1000 reais partindo de Caracas (onde por sinal as taxas de embarque conseguem ser mais absurdas do que as cobradas no Brasil) ou Lima. Mas porque isso? Não tenho uma resposta para essa questão, mas especulo que a proximidade comercial entre a Colômbia e os EUA, a concorrência entre a low cost Spirit, a Avianca, LAN e a American na rota Bogotá/Miami e a proximidade física ajudam a facilitar as coisas para o consumidor de lá. Contra Caracas, encontram-se o distanciamento político e econômico entre a Venezuela e os EUA, disputas no passado que chegaram a ameaçar os vôos das cias americanas para a Venezuela e a baixa concorrência no mercado local, apesar da proximidade de Caracas com Miami ser maior do que a de Bogotá. Mais uma vez chamo a atenção, a opção por Bogotá de deveu ao menor custo da passagem, mas as tarifas são dinâmicas e o que hoje é mais barato amanhã pode não ser...

Se você pensou em voar para Caracas e de lá para Bogotá, pode ir tirando essa opção do caderninho, já que essa rota tem vôos muito caros (cerca de 600 reais, com taxas, ida e volta e 400 reais só a ida) e é dominada pela Avianca, já que Aero República (leia-se Copa) faz um único vôo diário. A Aeropostal ou Conviasa venezuelanas não atuam nessa rota, na verdade, hoje em dia atuam em poucas rotas. Com isso, a economia que seria feita comprando a passagem de Bogotá para Miami não suportaria a adição de uma passagem Caracas/Bogotá (mesmo que só uma perna), tornando o negócio pouco vantajoso e aumentando os riscos dessa estratégia (associar conexões de vôos de cias diferentes).

Decidido que Bogotá seria meu ponto intermediário, passamos a segunda fase que seria escolher entre as cias que realizariam a ligação entre aquele destino e meu destino final, Miami, e sem paradas (no stop), uma vez que já teria conexões suficientes para administrar. Na frente, partiram as americanas Spirit e American, já que a Avianca me lembra muito a OceanAir (as duas são do mesmo grupo e ainda estamos esperando a mudança do nome da cia brasileira para Avianca Brasil)... e a LAN tem apenas 3 vôos semanais. De qualquer forma, a Avianca, que é a segunda mais antiga cia aérea em atividade (a KLM é a mais antiga) e que tem em Bogotá sua base de operações, não apresentava possibilidade de acúmulo de milhas nos programas onde sou associado e nem apresentava preços convidativos o suficiente para me fazer testar os serviços dessa Cia.

Sobraram então:

A Spirit, uma cia low cost que recentemente iniciou suas operações em Bogotá e que realiza um vôo diário com destino a Fort Lauderdale. Os vôos da Spirit contam com uma franquia muito reduzida de bagagem despachada. Para se ter direito de despachar uma peça padrão de 23kg, paga-se 15 USD na Internet ou 25 USD no aeroporto! Você tem direito ainda a uma peça de até 18Kg de bagagem de mão. A Cia não tem serviço de bordo incluso, mas por outro lado tem bons preços e diversas promoções no seu site para quem não se incomodar com essas limitações. Vale lembrar que a franquia da Varig nos vôos para Bogotá é de 20 kg/total nas peças despachadas e 5 kg na bagagem de mão.

A chilena LAN que opera apenas 3 vôos por semana ligando Bogotá a Miami. Possui a franquia de 1 peça de bagagem de mão de até 8kg e 2 peças de até 23kg/cada despachadas. Gosto da LAN, mas a existência de apenas 3 vôos complicava a montagem da minha viagem.

A American (AA), uma cia tradicional, voa com aviões mais velhos nessa rota (A300) e opera dois vôos diários com destino a Miami. Os vôos contam com uma franquia de duas peças despachadas de até 23kg/cada mais uma bagagem de mão de até 18 kg. Possui serviço de bordo e preços não muito acima dos praticados pela Spirit. Os preços da AA chegaram a cair ainda mais no momento em que escolhia os meus vôos como contra-ataque as promoções da recém chegada low cost.

Minha escolha foi a American, já que se fosse pagar pelo excesso de bagagem para voar na Spirit (como cliente Smiles Gold tenho direito a 40 kg de franquia, 20 kg extras, no vôo da Varig que iria utilizar), o preço final seria quase equivalente. E ainda tinha a possibilidade de acumular milhas nas cias associadas da AA (no meu caso estou tentando investir no LAN Pass da LAN – quem sabe consigo um Status elite lá também), além de poder dividir em 6 vezes as passagens compradas no site brasileiro da AA.. Com tudo isso a escolha fica óbvia...

Emiti então uma passagem BH/Bogotá usando 20 mil milhas Smiles (paguei 220 reais de taxas de embarque para a Varig) e comprei uma passagem no site da AA para o Brasil (aproveitando uma promoção em resposta a outra da Spirit) pagando 420 reais com taxas inclusas. Resultado: 20 mil milhas Smiles mais 640 reais para uma passagem BH/Miami. Mas você deve somar a isso duas diárias de hotel em Bogotá (uma obrigatória e outra muiiiito recomendável) e o deslocamento do aeroporto de El Dourado até a cidade e vice-versa. Coloca aí ainda, dois dias gastos em Bogotá por conta das conexões. Alguns consideram esses dias como perdidos, mas para mim foram produtivos e aproveitei para conhecer mais uma cidade.

Nos próximos capítulos, vou destrinchar os pontos fortes e fracos dessa estratégia e mostrar como as coisas podem dar errado.

8 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Rodrigo:

Li com muito interesse o seu último informativo, sobre a viagem BH-BOG– Miami, já que tenho a intenção de fazer algo parecido no fim do ano. Mais precisamente, quero ir a São José, na Costa Rica, país do qual eu gosto muitíssimo, onde já estive várias vezes, deixando sempre muito boa impressão e a vontade de retornar para ver o que me falta conhecer (quase tudo, o que é admirável, num país de 50 mil km2).

Nas outras viagens que fiz à CR, fui via Caracas, a partir da qual saia um vôo da LACSA (hoje, TACA), com escalas em Barranquilha (Colômbia) e Cidade do Panamá. Há dez anos, esse trajeto não custava mais que US$ 200. Hoje, custa o dobro (na companhia que oferece a tarifa mais em conta - COPA). Saindo de Bogotá, custa um pouquinho menos (US$ 392). Porém, um bilhete Rio – SJO – Rio, pela Taca, custam US$ 876,72, uma enorme diferença, sobretudo, se considero que viajo com esposa e dois filhos!!

Estudo essa viagem via Caracas ou Bogotá, pelo fato de ter milhas TAM e Varig. Eu já imaginava não poder usar as desta última. Ao ler o seu informativo, fiquei com a dúvida: desde há algum tempo, tenho lido no sítio internet da Varig a informação de que os bilhetes Smiles, temporariamente, só se emitem para vôos nacionais. Você, porém, pôde utilizá-los numa viagem a Bogotá, o que seria ideal para mim. Você conseguiu organizar essa viagem via internet ou através dum agente de viagens?

Como quero me livrar dessas milhas o mais rapidamente possível, para evitar um resultado mais catastrófico no futuro, leia-se uma possível perda do direito de utilizá-las, resolvi fazer qualquer coisa, para zerar a minha conta Smiles, ainda neste ano.

Saudações
puigllum

Marceu disse...

Grande Rodrigo, que bom receber essas informações! Pelo que pude analisar, a AA já subiu os preços, numa rápida busca através do site (entre setembro e novembro) não achei tarifas por menos de mil reais (ida/volta+taxas). Lembro que até mês passado era possível achar essas tarifas que você postou. Por outro lado se considerarmos a franquia de bagagem da Varig para quem não tem cartão gold, ela se encaixa com a da Spirit, logo não adiantaria ter uma franquia mais alta pela AA, já que vai ficar limitado no gargalo da Varig. Quanto a Bogotá também tenho interesse de visitar, pelo menos 1 dia. Por favor nos honre com sua experiência de hotel e transporte. Por fim queremos saber sobre o cruzeiro que você mencionou no primeiro post. Ficamos no aguardo ansiosos!! Obrigado mais uma vez!

Anônimo disse...

Rodrigo, como sempre, seus posts são de-fi-ni-ti-vos, e confirmaram uma suspeita que eu tinha, de que fica praticamente inviável fazer um passeio com milhas indo à Caracas/Los Roques e voltando Cartagena/Bogotá, porque o trecho entre as duas fica muito caro. Absssssssss, Meilin

Anônimo disse...

rsrsrsrsr Sei que vc não advinha o futuro, mas é tão bom perguntar coisas a quem entende... :o) Obrigada!!!

Anônimo disse...

Rodrigo, vi na VT desse mês que a Tam voltou a voar diariamente para Lima, partindo de GRU. Fui ao site e vi que é isso mesmo. Na ida, o vôo é o JJ 8066. Na volta, o JJ 8067. Fiz uma simulação para compra com dinheiro de uma ida e volta em outubro e consegui tarifas na classe "econômica com desconto", o que me fez crer que o vôo não está lotado.

Em seguida, fiz a mesma simulação, nas mesmas datas, só que marcando a opção "usar pontos Fidelidade Tam". Resultado nesse caso: não há vôos disponíveis.

Pergunto: tratando-se de vôo para a América do Sul e considerando (1) que havia vagas e (2) que a regra divulgada do Fidelidade afirma que não há restrições para vôos para a América do Sul, não era para esse vôo ser oferecido também para compra com pontos?

Resolvi perguntar a você antes de ir ao Ministério Público, ao Procon e ao juizado especial, para não correr o risco de fazer auê sem ter razão.

Um grande abraço e parabéns.

Rodrigo Purisch disse...

Isac,

Não conheço a Costa Rica, mas seu relato me deixou com vontade de conhecer.

O site do Smiles só emite passagens nacionais. AS internacionais podem ser emitidas no call center. Ela hoje só voa para Caracas, Botogá, Santiago e Buenos Aires. Parece que aoinda quer voar para o Uruguai.
Todas essas passagens são emitidas por 20mil pontos. Você cotou o preço da passagem do Panamá até a CR? A copa estava com uma promoção nmo vôo saindo de BH para o Panamá na qual comprando uma passagem com cartão Mastercard, a do acompanhante era de graça. Fiz um post aqui no blog. Não me lembro da data de validade e não olho agora porque minha conexão no momento é precária.

Maceu,

Vou fazer um mini guia de Bogotá, mas infelizmente não deu para pesquisar in loco os hoteis... O que eu fiquei foi uma pousada com p minúsculo...


Meilin,

Hoje acho que não vale a pena não. Desde a saída das cias Venezuelanas da concorrência internacional ficou mais difícil fazer isso. A Aeropostal tinha um passe que deixava isso menso caro, mas agora ela anda combalida e voa para poucos destinos.

Layana,

Agente tenta ajudar, mas na hora de fazer previsão a coisa complica pois assumo um risco grande de errar e induzir o leitor ao erro. Entende?

Pêesse,

No regulamento do Fidelidade:

"A emissão de bilhetes prêmio para vôos nacionais e América do Sul operados pela TAM não está sujeita à limitação de assentos destinados à utilização específica de pontos Fidelidade bastando haver disponibilidade de assento no vôo desejado."

http://www.tam.com.br/b2c/jsp/default.jhtml?adPagina=717&adArtigo=10982&adMenu=2216

Imprime esse texto e a disponibilidade de assentos no site da TAM. Vai numa loja TAM e pede por escrito que não tem assentos naquele vôo com disponibilidade ou avisa a uma tendente do call center que você está gravando a ligação (fala que você tem hábito de fazer isso e não é ilegal se a outra pessoa sabe que você está gravando). Nãoo conseguiu, pode ir para o Juizado de Consumo...

abraço a todos

Anônimo disse...

Fiz algo parecido, mas para ir ao Caribe, Punta Cana, Rep. Dominicana.
Usei as milhas da Varig do RJ para Bogotá, e de Bogotá para Sto Domingo ( capital Da Rep. Dominicana) comprei a passgem pela copa Air Lines, que sai cada perna por $215,00, mais as taxas.
Abs.
Priscilla

Unknown disse...

Caro Rodrigo!
Sou nova aqui e estou maravilhada pelas dicas!
Estamos pensando em usar as milhas do Smiles (que já considerava perdidas) e tínhamos a intencao de ir à Aruba. Será que poderíamos usar a mesma conexao via Bogota ou Caracas? Liguei no Smiles, e eles têm as duas linhas, sendo que, para a de Bogotá, já conseguiria reservas para maio de 2009. Você teria algum tópico já publicado sobre o tema?
De antemao, agradeco a atencao e o parabenizo, mais uma vez, pela enorme ajuda!

Um abraco!

Renata