No Brasil, as cias capitalizadas por gordos lucros, advindos da falta de concorrência e de uma menor liberalidade de mercado, têm sentido o efeito do aumento dos preços dos combustíveis. Umas mais e outras menos. A Gol que viu na Varig uma forma de ocupar mais espaço a todo custo (mais ou menos o que a TAM tentou fazer no momento da crise da antiga Varig e se deu mal), comprou o que viu e levou um grande buraco nas contas (aviões velhos, dívidas e estratégias erradas). Foi divulgado o balanço com prejuízo trimestral. Os efeitos deletérios do querosene alto não foram maiores porque o dólar desvalorizou-se perante o real. Como resultado, as cias aéreas têm cancelado rotas menos lucrativas e ao meu ver concentrados seus esforços e interesses nos mesmos locais. Apostam em mais do mesmo ao invés de apostar em novas oportunidades.
O certo é que fora dessas promoções/ações de marketing, as passagens têm subido. O mesmo balanço da Gol demonstrou que as passagens médias subiram 32% na Gol e Varig neste trimestre. O reflexo disso pode ser notado na ocupação das aeronaves, ou melhor, a baixa ocupação que é um dos motores dessas promoções do dia a dia. Mas não vemos promoções também nos vôos para a Europa? Sim, elas existem, mas também por uma superoferta de assentos na baixa temporada gerada pelo expressivo aumento de frequências das cias estrangeiras para ocupar espaço da Varig e aproveitar os consumidores com reais mais fortes.
O certo é que nossas cias não sabem sobreviver com baixos lucros e nem elas ou as cias estrangeiras gostam de perder dinheiro Portanto, cabe a você consumidor ficar atento e aproveitar a onda favorável. Se as coisas continuarem assim não há dúvida de algo vai mudar e é você quem vai pagar a conta. Se não fosse o medo de abandonar algumas frequências e dá-las de bandeja a nova cia que se estrutura no Brasil, acho que já estaríamos sentindo as consequências do aumento dos derivados de petróleo no mercado interno.
Um comentário:
Olá Rodrigo!
É verdade, também acho que esta guerra de promoções é algo que vai durar pouco... É tudo uma questão de estratégia momentânea, perfeita para o cenário econômico-financeiro que o país vive. Daqui a pouco, a conta vem para o bolso do consumidor, que no final das contas, sempre "paga o pato".
Acabo de voltar do Chile, onde fiz um roteiro bastante cultural. Convido-o para desfrutar um pouco das minhas percepções no Viaggio Mondo! :)
Grande abraço!
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