sexta-feira, maio 02, 2008

As Promoções de Cada Dia Estão Fadadas ao Fim?

Vivemos no Brasil um festival de “promoções” que se sucedem semanalmente. No momento tanto a GOL, Varig, TAM (Fidelidade TAM mantém promoção de emissão de passagem com número reduzido de pontos) e OceanAir possuem promoções válidas. São tantas as promoções que quase se cria uma “tabela” de preços promocionais que se repetem e uma outra com preços absurdos cobrados fora delas.

Os consumidores mais atentos e os que podem fazer compras com mais flexibilidade acabam comprando nessas ações de marketing (já discutimos um pouco esse assunto aqui), mas os clientes executivos continuam pagando tarifas altas.

O aumento dos preços dos derivados do petróleo tem levado as cias aéreas a reverem seus programas de investimento e de atuação. No exterior, principalmente nos EUA onde o mercado é mais liberalizado e competitivo (entenda-se também menor margem de lucro), algumas cias fecharam suas portas, outras têm reduzido benefícios ou cobrando novas taxas para não aumentar, de forma proporcional ao petróleo, as passagens. Os aviões velhos e gastadores são hoje o inimigo número 1 das cias aéreas.

No Brasil, as cias capitalizadas por gordos lucros, advindos da falta de concorrência e de uma menor liberalidade de mercado, têm sentido o efeito do aumento dos preços dos combustíveis. Umas mais e outras menos. A Gol que viu na Varig uma forma de ocupar mais espaço a todo custo (mais ou menos o que a TAM tentou fazer no momento da crise da antiga Varig e se deu mal), comprou o que viu e levou um grande buraco nas contas (aviões velhos, dívidas e estratégias erradas). Foi divulgado o balanço com prejuízo trimestral. Os efeitos deletérios do querosene alto não foram maiores porque o dólar desvalorizou-se perante o real. Como resultado, as cias aéreas têm cancelado rotas menos lucrativas e ao meu ver concentrados seus esforços e interesses nos mesmos locais. Apostam em mais do mesmo ao invés de apostar em novas oportunidades.

O certo é que fora dessas promoções/ações de marketing, as passagens têm subido. O mesmo balanço da Gol demonstrou que as passagens médias subiram 32% na Gol e Varig neste trimestre. O reflexo disso pode ser notado na ocupação das aeronaves, ou melhor, a baixa ocupação que é um dos motores dessas promoções do dia a dia. Mas não vemos promoções também nos vôos para a Europa? Sim, elas existem, mas também por uma superoferta de assentos na baixa temporada gerada pelo expressivo aumento de frequências das cias estrangeiras para ocupar espaço da Varig e aproveitar os consumidores com reais mais fortes.

O certo é que nossas cias não sabem sobreviver com baixos lucros e nem elas ou as cias estrangeiras gostam de perder dinheiro Portanto, cabe a você consumidor ficar atento e aproveitar a onda favorável. Se as coisas continuarem assim não há dúvida de algo vai mudar e é você quem vai pagar a conta. Se não fosse o medo de abandonar algumas frequências e dá-las de bandeja a nova cia que se estrutura no Brasil, acho que já estaríamos sentindo as consequências do aumento dos derivados de petróleo no mercado interno.

Um comentário:

Fê Costta disse...

Olá Rodrigo!

É verdade, também acho que esta guerra de promoções é algo que vai durar pouco... É tudo uma questão de estratégia momentânea, perfeita para o cenário econômico-financeiro que o país vive. Daqui a pouco, a conta vem para o bolso do consumidor, que no final das contas, sempre "paga o pato".

Acabo de voltar do Chile, onde fiz um roteiro bastante cultural. Convido-o para desfrutar um pouco das minhas percepções no Viaggio Mondo! :)

Grande abraço!

sexta-feira, maio 02, 2008

As Promoções de Cada Dia Estão Fadadas ao Fim?

Vivemos no Brasil um festival de “promoções” que se sucedem semanalmente. No momento tanto a GOL, Varig, TAM (Fidelidade TAM mantém promoção de emissão de passagem com número reduzido de pontos) e OceanAir possuem promoções válidas. São tantas as promoções que quase se cria uma “tabela” de preços promocionais que se repetem e uma outra com preços absurdos cobrados fora delas.

Os consumidores mais atentos e os que podem fazer compras com mais flexibilidade acabam comprando nessas ações de marketing (já discutimos um pouco esse assunto aqui), mas os clientes executivos continuam pagando tarifas altas.

O aumento dos preços dos derivados do petróleo tem levado as cias aéreas a reverem seus programas de investimento e de atuação. No exterior, principalmente nos EUA onde o mercado é mais liberalizado e competitivo (entenda-se também menor margem de lucro), algumas cias fecharam suas portas, outras têm reduzido benefícios ou cobrando novas taxas para não aumentar, de forma proporcional ao petróleo, as passagens. Os aviões velhos e gastadores são hoje o inimigo número 1 das cias aéreas.

No Brasil, as cias capitalizadas por gordos lucros, advindos da falta de concorrência e de uma menor liberalidade de mercado, têm sentido o efeito do aumento dos preços dos combustíveis. Umas mais e outras menos. A Gol que viu na Varig uma forma de ocupar mais espaço a todo custo (mais ou menos o que a TAM tentou fazer no momento da crise da antiga Varig e se deu mal), comprou o que viu e levou um grande buraco nas contas (aviões velhos, dívidas e estratégias erradas). Foi divulgado o balanço com prejuízo trimestral. Os efeitos deletérios do querosene alto não foram maiores porque o dólar desvalorizou-se perante o real. Como resultado, as cias aéreas têm cancelado rotas menos lucrativas e ao meu ver concentrados seus esforços e interesses nos mesmos locais. Apostam em mais do mesmo ao invés de apostar em novas oportunidades.

O certo é que fora dessas promoções/ações de marketing, as passagens têm subido. O mesmo balanço da Gol demonstrou que as passagens médias subiram 32% na Gol e Varig neste trimestre. O reflexo disso pode ser notado na ocupação das aeronaves, ou melhor, a baixa ocupação que é um dos motores dessas promoções do dia a dia. Mas não vemos promoções também nos vôos para a Europa? Sim, elas existem, mas também por uma superoferta de assentos na baixa temporada gerada pelo expressivo aumento de frequências das cias estrangeiras para ocupar espaço da Varig e aproveitar os consumidores com reais mais fortes.

O certo é que nossas cias não sabem sobreviver com baixos lucros e nem elas ou as cias estrangeiras gostam de perder dinheiro Portanto, cabe a você consumidor ficar atento e aproveitar a onda favorável. Se as coisas continuarem assim não há dúvida de algo vai mudar e é você quem vai pagar a conta. Se não fosse o medo de abandonar algumas frequências e dá-las de bandeja a nova cia que se estrutura no Brasil, acho que já estaríamos sentindo as consequências do aumento dos derivados de petróleo no mercado interno.

Um comentário:

Fê Costta disse...

Olá Rodrigo!

É verdade, também acho que esta guerra de promoções é algo que vai durar pouco... É tudo uma questão de estratégia momentânea, perfeita para o cenário econômico-financeiro que o país vive. Daqui a pouco, a conta vem para o bolso do consumidor, que no final das contas, sempre "paga o pato".

Acabo de voltar do Chile, onde fiz um roteiro bastante cultural. Convido-o para desfrutar um pouco das minhas percepções no Viaggio Mondo! :)

Grande abraço!

sexta-feira, maio 02, 2008

As Promoções de Cada Dia Estão Fadadas ao Fim?

Vivemos no Brasil um festival de “promoções” que se sucedem semanalmente. No momento tanto a GOL, Varig, TAM (Fidelidade TAM mantém promoção de emissão de passagem com número reduzido de pontos) e OceanAir possuem promoções válidas. São tantas as promoções que quase se cria uma “tabela” de preços promocionais que se repetem e uma outra com preços absurdos cobrados fora delas.

Os consumidores mais atentos e os que podem fazer compras com mais flexibilidade acabam comprando nessas ações de marketing (já discutimos um pouco esse assunto aqui), mas os clientes executivos continuam pagando tarifas altas.

O aumento dos preços dos derivados do petróleo tem levado as cias aéreas a reverem seus programas de investimento e de atuação. No exterior, principalmente nos EUA onde o mercado é mais liberalizado e competitivo (entenda-se também menor margem de lucro), algumas cias fecharam suas portas, outras têm reduzido benefícios ou cobrando novas taxas para não aumentar, de forma proporcional ao petróleo, as passagens. Os aviões velhos e gastadores são hoje o inimigo número 1 das cias aéreas.

No Brasil, as cias capitalizadas por gordos lucros, advindos da falta de concorrência e de uma menor liberalidade de mercado, têm sentido o efeito do aumento dos preços dos combustíveis. Umas mais e outras menos. A Gol que viu na Varig uma forma de ocupar mais espaço a todo custo (mais ou menos o que a TAM tentou fazer no momento da crise da antiga Varig e se deu mal), comprou o que viu e levou um grande buraco nas contas (aviões velhos, dívidas e estratégias erradas). Foi divulgado o balanço com prejuízo trimestral. Os efeitos deletérios do querosene alto não foram maiores porque o dólar desvalorizou-se perante o real. Como resultado, as cias aéreas têm cancelado rotas menos lucrativas e ao meu ver concentrados seus esforços e interesses nos mesmos locais. Apostam em mais do mesmo ao invés de apostar em novas oportunidades.

O certo é que fora dessas promoções/ações de marketing, as passagens têm subido. O mesmo balanço da Gol demonstrou que as passagens médias subiram 32% na Gol e Varig neste trimestre. O reflexo disso pode ser notado na ocupação das aeronaves, ou melhor, a baixa ocupação que é um dos motores dessas promoções do dia a dia. Mas não vemos promoções também nos vôos para a Europa? Sim, elas existem, mas também por uma superoferta de assentos na baixa temporada gerada pelo expressivo aumento de frequências das cias estrangeiras para ocupar espaço da Varig e aproveitar os consumidores com reais mais fortes.

O certo é que nossas cias não sabem sobreviver com baixos lucros e nem elas ou as cias estrangeiras gostam de perder dinheiro Portanto, cabe a você consumidor ficar atento e aproveitar a onda favorável. Se as coisas continuarem assim não há dúvida de algo vai mudar e é você quem vai pagar a conta. Se não fosse o medo de abandonar algumas frequências e dá-las de bandeja a nova cia que se estrutura no Brasil, acho que já estaríamos sentindo as consequências do aumento dos derivados de petróleo no mercado interno.

Um comentário:

Fê Costta disse...

Olá Rodrigo!

É verdade, também acho que esta guerra de promoções é algo que vai durar pouco... É tudo uma questão de estratégia momentânea, perfeita para o cenário econômico-financeiro que o país vive. Daqui a pouco, a conta vem para o bolso do consumidor, que no final das contas, sempre "paga o pato".

Acabo de voltar do Chile, onde fiz um roteiro bastante cultural. Convido-o para desfrutar um pouco das minhas percepções no Viaggio Mondo! :)

Grande abraço!